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| Polícia investiga morte de mulher após cirurgia improvisada por falso médico bêbado em clínica sem licença. Foto: Ilustração/Freepik (stefamerpik) |
Uma tragédia causada por negligência e fraude chocou a cidade de Barabanki, no estado de Uttar Pradesh. Munishra Rawat, uma operária de 38 anos e mãe de três filhos, morreu após ser submetida a uma cirurgia ilegal realizada por um homem sem formação médica, que estaria embriagado e seguindo instruções de um vídeo no YouTube durante o procedimento.
A vítima buscou ajuda no dia 4 de dezembro após sentir fortes dores abdominais. Ela foi levada pelo marido, Tehbahadur Rawat, à clínica Shri Damodar Aushdhalaya. No local, o proprietário, Gyan Prakash Mishra, diagnosticou erroneamente o problema como "pedras" e afirmou que uma intervenção cirúrgica imediata era vital.
Segundo relatos da família à polícia, Mishra não possuía anestesia adequada ou protocolos de esterilização. Com o auxílio de seu sobrinho, Vivek Kumar Mishra, o suspeito realizou incisões profundas e descontroladas enquanto consultava um tutorial na plataforma de vídeos. Testemunhas afirmam que o falso profissional apresentava sinais claros de embriaguez no momento da operação.
"Confiamos nele cegamente. Ele cortou tão fundo que o sangue não parava", desabafou o viúvo Tehbahadur, que precisou pedir dinheiro emprestado para custear a cirurgia clandestina.
Munishra sofreu uma hemorragia interna maciça após ter artérias e veias rompidas durante o ato. Ela chegou a ser transferida para um hospital público no dia seguinte, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na noite de 6 de dezembro. A autópsia confirmou que a morte foi causada pelos cortes mal executados, descartando qualquer condição pré-existente como apendicite.
O superintendente de polícia, Arpit Vijayvargiya, informou que foi aberto um inquérito por homicídio culposo. O caso também foi enquadrado na Lei de Prevenção de Atrocidades (SC/ST Act), uma vez que a vítima pertencia à comunidade Dalit, grupo historicamente marginalizado e protegido por legislações específicas na Índia contra discriminação e abusos.
Até o momento, Gyan Prakash Mishra e seu sobrinho permanecem foragidos. As autoridades de saúde de Uttar Pradesh prometeram intensificar a fiscalização contra clínicas clandestinas para evitar novas vítimas da prática de charlatanismo na região.
Fonte: www.em.com.br
