Demonstração dá errado e robô humanoide "ataca" treinador nas partes baixas

O treinamento de robôs é bastante utilizado, mas o uso movimentos descuidados tenham consequências desastrosas. Foto: Reprodução

O que deveria ser uma demonstração rotineira de tecnologia de ponta transformou-se em um espetáculo inesperado na internet. Um vídeo capturado em um laboratório de robótica na China tornou-se um fenômeno viral ao mostrar um engenheiro sendo "vítima" dos movimentos do próprio robô que estava treinando: o Unitree G1.

O vídeo, compartilhado originalmente na plataforma Bilibili pelo usuário @zeonsunlight, mostra um engenheiro utilizando um traje de captura de movimentos XSENS. Essa tecnologia é o padrão da indústria para ensinar robôs a terem equilíbrio e coordenação, fazendo com que a máquina espelhe exatamente os gestos do operador humano.

O problema ocorreu quando o instrutor, posicionado na mesma direção que o robô, tentou realizar um chute de artes marciais. Como o sistema respondeu exatamente como projetado, o robô levantou a perna em sincronia perfeita. No entanto, o cálculo de proximidade falhou: o pé do operador acabou atingindo a si mesmo de forma dolorosa durante a execução.

O momento que garantiu a fama do vídeo foi a reação da máquina. Assim que o engenheiro caiu ao chão em agonia, o G1, fiel ao seu comando de espelhamento, também se agachou e inclinou o corpo para frente, imitando a postura de dor do seu criador diante de colegas que caíram na gargalhada.

Apesar do incidente cômico, a Unitree tem investido pesado na agilidade do G1. Em outubro, a empresa lançou o vídeo "KungFu Kid V6.0", onde o robô demonstra: Golpes complexos (chutes altos, socos e rasteiras baixas), acrobacias (mortais para trás, giros aéreos e saltos com aterrissagem estável) e velocidade real, a fabricante confirmou que as imagens não foram aceleradas, destacando o equilíbrio aprimorado do humanoide.

Embora as demonstrações de artes marciais impressionem, elas reacenderam um debate entre os entusiastas de tecnologia. Enquanto alguns elogiam a coordenação motora da máquina, outros questionam quando esses robôs deixarão de fazer "acrobacias repetitivas" para realizar tarefas domésticas úteis.

Atualmente, a Unitree posiciona o G1 principalmente como uma ferramenta para pesquisa e educação, com foco em universidades e laboratórios, custando cerca de U$ 21.500 (aproximadamente R$ 107 mil). Versões mais recentes, como o G1-D, já estão sendo preparadas para ambientes industriais e de varejo.

Fonte: interestingengineering.com

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem