Professor de jiu-jitsu que aplicou golpe em aluno, deixando-o tetraplégico, é condenado a pagar indenização

Em 2018, um incidente grave ocorreu na academia Del Mar, localizada em San Diego, Estados Unidos. O instrutor de jiu-jitsu Francisco Iturralde, conhecido como "Sinistro" e detentor do grau de faixa preta de segundo nível, realizou um movimento que resultou em severas lesões em seu aluno, Jack Greener, deixando-o tetraplégico. O aluno, então com 30 anos e ainda na graduação de faixa branca, sofreu uma torção cervical durante uma sessão de sparring, ocasionando a fratura das vértebras cervicais e a consequente perda total das funções motoras. As informações são do portal ND+

A gravidade da lesão exigiu que Greener permanecesse hospitalizado por vários meses. No momento do acidente, ele estava prestes a concluir sua formação universitária, tendo sua trajetória abruptamente modificada pelo ocorrido. Em 2023, o júri de San Diego determinou que o instrutor e a academia deveriam arcar com uma indenização no valor de US$ 46 milhões. Após tentativas de recurso, a decisão foi reafirmada pela corte de apelações em 2024 e, no presente ano, ratificada pela Suprema Corte da Califórnia. Com a aplicação de juros pós-condenação, o montante da indenização ultrapassou os US$ 56 milhões, equivalentes a aproximadamente R$ 313 milhões.

O professor foi condenado pela suprema corte a pagar US$ 56 milhões ao aluno lesionado. Foto: Reprodução/redes sociais/via ND+

O especialista em jiu-jitsu Rener Gracie, atuando como testemunha pericial, enfatizou que o movimento aplicado por Iturralde impôs o peso corporal inteiramente sobre o pescoço de Greener, acarretando danos irreversíveis. O advogado que representa a vítima, Rahul Ravipudi, celebrou a decisão judicial como um avanço na responsabilização das academias por lesões graves em atletas, considerando que tais ambientes devem garantir a segurança dos praticantes além dos riscos inerentes à modalidade esportiva.

Apesar da condenação, Francisco Iturralde utilizou suas redes sociais para se manifestar, sustentando que o episódio ocorreu de maneira acidental, sem qualquer intenção de causar danos ao aluno. Ele também argumentou que, embora Greener fosse graduado como faixa branca no jiu-jitsu, possuía mais de uma década de experiência em Luta Livre e já praticava jiu-jitsu há quatro anos.

Atualmente, Jack Greener encontrou um novo propósito e dedica-se às atividades de alpinismo, além de atuar como palestrante motivacional.

Fonte: ndmais.com.br

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