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Foto oficial do republicano Donald Trump como 47º presidente dos EUA. Foto: Divulgação/via Page Not Found |
Uma campanha de financiamento coletivo alega ter arrecadado 40 milhões de dólares (aproximadamente 224 milhões de reais) como forma de recompensa pelo "assassinato de Donald Trump". A iniciativa está vinculada a um ex-funcionário da principal rede de propaganda do Irã e é organizada por um grupo denominado Blood Covenant.
O pedido de doações foi divulgado após diversos clérigos iranianos radicais emitirem fatwas, ou sentenças de morte, contra o ex-presidente Trump, classificando-o como "inimigo de Alá". Tais declarações foram feitas em resposta ao bombardeio militar americano a três instalações nucleares em Teerã no mês anterior.
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Aiatolá iraniano Naser Makarem Shirazi emitiu decreto religioso pedindo a crucificação de Trump. Foto: Reprodução/via Page Not Found |
De acordo com o Middle East Media Research Institute (MEMRI), um think tank americano, o Blood Covenant opera "sob a égide do regime iraniano" e frequentemente cita um versículo do Alcorão que instrui os muçulmanos a "lutar com suas riquezas e suas vidas pela causa de Alá".
Em seu website, o grupo declarou: "Prometemos conceder o prêmio a quem puder levar os militantes e aqueles que ameaçam a vida do intermediário do imã Mahdi (que nossas almas sejam sacrificadas por ele) à justiça por suas ações". Segundo a crença xiita, o imã Mahdi surgirá no fim dos tempos para estabelecer a paz e a justiça e redimir o Islã.
Em sua análise da campanha, o MEMRI afirmou que se trata de "um chamado à jihad, convidando os fiéis a doarem seu dinheiro e sacrificarem suas vidas, conferindo legitimidade religiosa ao assassinato de Trump". O instituto acrescentou que "o fato de esses apelos para assassinar Trump virem de cima e ecoarem nas ruas e em todos os setores da sociedade, inclusive na mídia iraniana, reflete um amplo consenso religioso e do regime".
Além dos 40 milhões de dólares, a entidade destacou que a recompensa para quem executar a punição contra Trump pode incluir "o Paraíso e o status de defensor do Islã".
Fonte: extra.globo.com