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O gerente da agência suspeitou do documento apresentado e acionou a Polícia Militar. Foto: Google Street View/via G1 |
Um homem foi preso em flagrante na tarde desta sexta-feira (10) ao tentar aplicar um golpe milionário em uma agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Rua Monsenhor Rosa, no Centro de Franca. O criminoso tentava se passar por Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza e filho da empresária Luiza Trajano, com o objetivo de obter um empréstimo no valor de R$ 3 milhões.
A tentativa de fraude foi frustrada pela atenção do gerente do banco, que acionou a Polícia Militar. O suspeito apresentou um documento de identidade falso, mas que continha dados pessoais autênticos de Frederico Trajano, levantando preocupações sobre como os golpistas obtiveram informações privilegiadas do executivo.
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Suspeito apresentou um documento falso contendo todos os dados de Frederico Trajano, que é filho de Luiza Trajano. Foto: Polícia Militar/via G1 |
No momento da abordagem, outras duas pessoas que acompanhavam o criminoso conseguiram fugir da agência. No entanto, a dupla foi detida pouco tempo depois em uma operação da Polícia Militar na Rodovia Anhanguera, nas proximidades da cidade de Igarapava (SP).
À polícia, os três homens confessaram ter antecedentes criminais por estelionato. Eles são naturais de Brasília e teriam chegado a Franca nesta sexta-feira especificamente para a tentativa de golpe.
O tenente Ortiz, da Polícia Militar, informou à EPTV, afiliada da TV Globo, que o suspeito detido dentro da agência confessou imediatamente o crime.
"De imediato ele já confessou o crime, falou que tem passagem por estelionato, já ficou preso mais de oito meses e estava tentando aplicar o golpe, passar pelo filho da famosa empresária da cidade, porém foi detido no local," afirmou o tenente. Ortiz destacou ainda que o suspeito estava de posse de "algumas informações delicadas, privilegiadas, que favoreceram ele tentar aplicar esse golpe".
Os três indivíduos foram presos em flagrante e levados para a cadeia do Jardim Guanabara. Eles deverão responder pelos crimes de tentativa de estelionato, uso de documento falso e formação de quadrilha. As identidades dos suspeitos não foram divulgadas.
A Polícia Civil de Franca assumirá a investigação para determinar como os golpistas conseguiram acessar dados pessoais verdadeiros e sensíveis do CEO do Magazine Luiza.
Em nota, a Caixa Econômica Federal declarou que atua em colaboração com os órgãos de segurança pública no combate a fraudes e golpes. O banco afirmou que "aperfeiçoa continuamente seus critérios de segurança" e que "monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos."
O Magazine Luiza, por sua vez, informou ao g1 que não irá se manifestar sobre o caso.
Fonte: g1.globo.com