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Idoso chinês é viúvo e sem filhos, e encontrou nos felinos uma parceria no dia a dia. O próximo tutor deve dar amor incondicional ao felino. Foto: Reprodução/via Freepik |
Na província de Guangdong, sul da China, um idoso de 82 anos está disposto a doar sua herança para quem se comprometer a cuidar de sua gata após a sua morte. Identificado apenas como Long, o homem vive sozinho desde que perdeu a esposa há uma década. Sem filhos ou parentes próximos, ele encontrou nos gatos de rua uma nova família.
A história, divulgada pelo jornal South China Morning Post, ganhou grande repercussão na China. Há alguns anos, em um dia chuvoso, Long adotou quatro gatos. Hoje, apenas um, uma fêmea chamada Xianba, permanece ao seu lado. Preocupado com o futuro dela, o idoso busca um tutor que garanta o bem-estar do animal e, em troca, oferece todas as suas economias.
Em entrevista, ele foi direto sobre sua condição: "Minha condição é que a pessoa cuide bem da Xianba. Só isso." Movido pelo amor que sente pela gata, a única preocupação de Long é que ela continue a ser amada e bem cuidada. "Ela é minha família. Só quero alguém que a ame como eu amei", disse.
Apesar da busca, Long ainda não encontrou a pessoa ideal. "Gostaria de encontrar alguém que realmente a ame. Não quero que ela se torne um peso ou um objeto de interesse financeiro", afirmou.
A história de Long reflete uma tendência crescente na China, onde o amor por animais de estimação tem se tornado cada vez mais forte. Segundo o Relatório da Indústria de Animais de Estimação da China de 2025, o número de cães e gatos ultrapassou a marca de 124 milhões no último ano, e o mercado pet movimentou mais de R$ 200 bilhões.
A decisão de Long lembra o caso de uma idosa de Xangai que, em 2024, deixou sua fortuna, estimada em R$ 15 milhões, para seus gatos e cachorros após anos de negligência por parte dos filhos. Embora o Código Civil chinês permita que cidadãos deixem bens para indivíduos ou instituições, especialistas alertam que, mesmo com um testamento, disputas legais com parentes distantes ainda podem ocorrer.
Fonte: www.em.com.br