Gerente é demitido após 20 anos por comer marmita de colega e processa loja de luxo em Nova York

O ex-funcionário alega que o incidente foi usado como desculpa para demiti-lo. Foto: Reprodução/Freepik

Israel Xicohtencatl, que trabalhou por 20 anos como gerente de produção no prestigiado Citarella Gourmet Market, em Nova York, foi demitido após comer, por engano, a marmita de um colega. O que pareceu um incidente trivial no escritório se transformou em um processo judicial que acusa a empresa de discriminação etária.

O incidente aconteceu em 28 de maio de 2025. Segundo a denúncia, Xicohtencatl percebeu o erro e imediatamente se desculpou, oferecendo-se para substituir a refeição. No entanto, ele foi demitido sumariamente na frente de outros funcionários, o que, segundo o processo, causou-lhe "profunda vergonha e constrangimento".

Acusação de discriminação e prejuízos profissionais

A ação judicial contra a Citarella não se limita ao episódio da marmita. Xicohtencatl alega que a empresa usou o incidente como um pretexto para demiti-lo, como parte de uma "campanha sistemática" para dispensar funcionários de longa data. A queixa argumenta que esse padrão de demissões é uma estratégia para cortar custos trabalhistas, substituindo profissionais mais experientes, com salários e benefícios mais altos — Xicohtencatl ganhava US$ 25 por hora — por funcionários mais novos. O processo menciona outros casos semelhantes em que colaboradores foram demitidos por pequenas infrações.

O ex-gerente afirma que a demissão por justa causa prejudicou sua reputação profissional. A anotação na sua carteira de trabalho o obriga a reviver a experiência humilhante a cada entrevista de emprego, o que, segundo ele, contribuiu para o desenvolvimento de ansiedade, depressão e insônia. Sentindo-se "traído e descartado" após anos de lealdade, Xicohtencatl considera a demissão desproporcional e abrupta.

Pedidos de reintegração e indenização

O processo busca a reintegração de Xicohtencatl ao cargo, o pagamento de salários e benefícios perdidos, além de indenização por sofrimento emocional e danos punitivos. A Citarella, uma empresa com mais de um século de história, tem um prazo de três semanas para apresentar sua defesa às acusações.

Fonte: revistapegn.globo.com

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