Universidade causa polêmica ao simular atos sexuais em cerimônia de boas vindas a calouros

Calouros relatam constrangimento com performance gráfica, enquanto a universidade defende o evento como ação de educação sexual. Foto: Reprodução/youtube/Washington Free Beacon

Uma tradicional apresentação de boas-vindas no Amherst College, em Massachusetts (EUA), desencadeou uma intensa controvérsia e críticas generalizadas após a circulação de vídeos que mostram atores simulando diversos atos sexuais no palco. O evento, destinado a estudantes recém-chegados, está sendo classificado como "absurdo" e "decadente" nas redes sociais, levantando um debate sobre os limites das programações universitárias.

A performance, parte do show anual chamado "Voices of the Class" ("Vozes da Turma"), incluiu encenações explícitas, gemidos, movimentos sugestivos sob cobertores e até o arremesso de preservativos ao público como se fossem confetes.

Diversos calouros relataram ter se sentido pressionados a assistir ao espetáculo. Ao jornal Washington Free Beacon, a estudante Isabella Niemi expressou seu profundo desconforto.

​"Pensei em ir embora depois de dez minutos. Não costumo faltar a eventos obrigatórios, mas aquilo me deixou enojada. A encenação era grosseiramente sexual," afirmou uma das alunas, descrevendo a sensação de querer sair imediatamente do local.

O evento é parte da programação oficial da instituição — uma prestigiada universidade privada onde o custo anual de matrícula atinge US$ 92,4 mil. O roteiro do "Voices of the Class" é construído, segundo a própria faculdade, a partir de trechos retirados das redações de admissão enviadas pelos estudantes.

Em resposta à polêmica, a administração do Amherst College defendeu o conteúdo da apresentação. Amanda Vann, diretora de saúde e bem-estar, declarou que as esquetes têm um papel importante na promoção de discussões cruciais, promovendo debates sobre respeito e saúde sexual.

"Elas fazem parte do nosso compromisso com o bem-estar no campus. Ao tratar de temas sensíveis de forma acessível, ajudam a desenvolver habilidades de comunicação, autocuidado e apoio mútuo," explicou Vann.

Fonte: www.metropoles.com

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