Historicamente, o leite tem sido um pilar na dieta humana, essencial para o desenvolvimento de mamíferos e uma fonte crucial de nutrientes como gorduras, vitaminas, minerais, lactose e anticorpos. A capacidade de digerir lactose na idade adulta, uma adaptação evolutiva em certas populações, permitiu que o leite se tornasse um alimento fundamental ao longo dos milênios. No entanto, é importante notar que cerca de 65% da população mundial apresenta intolerância à lactose após a infância.
O vídeo desmistifica diversas alegações comuns sobre os malefícios do leite. Estudos recentes e meta-análises não confirmam uma ligação significativa entre o consumo de leite e o câncer, com alguns apontando até um efeito protetor do cálcio contra o câncer de cólon. Da mesma forma, não há evidências que associem o leite a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, AVC ou mortalidade geral. Questões sobre hormônios, pesticidas e antibióticos no leite são minimizadas, considerando as baixas concentrações e as rigorosas regulamentações existentes. Contudo, o vídeo reconhece que o leite desnatado pode estar ligado ao aumento da acne e que alergias a laticínios são comuns na infância, mas tendem a diminuir com a idade.
Apesar das controvérsias, os benefícios nutricionais do leite são inegáveis. É uma rica fonte de cálcio, crucial para o desenvolvimento infantil, e oferece vitaminas B12 e do Complexo B, importantes especialmente para vegetarianos.
Por outro lado, o vídeo não ignora as considerações ambientais e éticas ligadas à pecuária leiteira. A produção de leite é apontada como uma contribuinte significativa para as emissões de gases de efeito estufa e levanta importantes questões sobre o bem-estar animal. Como alternativas, são apresentados os leites vegetais, que podem ter um perfil nutricional comparável, e as inovações em desenvolvimento de leite não animal, que prometem replicar a composição nutricional com um impacto ambiental reduzido.
A análise aponta que o leite é, em grande parte, um alimento nutritivo e inofensivo para a maioria dos consumidores. Contudo, o futuro do seu consumo e produção passa, inevitavelmente, por uma reflexão sobre os impactos no planeta e nos animais.