Como a Alemanha pretende usar os bunkers construídos na 2° guerra mundial?

O pais europeu enfrentara um grande desafio para conseguir seus objetivos ambiciosos. Foto: Ilustração/Bunkermuseum Frauenwald/Maps Google

A Alemanha, segundo a CNN, está empreendendo um plano de reativação de suas instalações de proteção civil, legadas da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria. Esta iniciativa surge em resposta à instabilidade geopolítica no continente europeu, especialmente diante da possibilidade de um ataque proveniente da Rússia.

A Agência Federal de Proteção Civil e Socorro a Desastres (BBK) propôs um projeto abrangente para a modernização de túneis, porões, estacionamentos e estações de metrô, visando criar rapidamente um milhão de vagas de abrigo. Essa medida é uma resposta direta aos intensos ataques russos contra cidades ucranianas, como o recente incidente, noticiado pelo Sic Noticias, envolvendo mais de 300 drones e 7 mísseis, que resultou em mortes, feridos e atingiu, inclusive, uma maternidade.

O presidente da BBK, Ralph Tiesler, expressou a mudança de perspectiva em relação à segurança nacional em entrevista ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung: "Por muito tempo, houve uma crença generalizada na Alemanha de que a guerra não era um cenário para o qual precisávamos nos preparar. Isso mudou. Estamos preocupados com o risco de uma grande guerra de agressão na Europa." Tiesler também manifestou a apreensão de diversos países europeus em relação a uma possível nova ofensiva russa contra a Europa em um prazo de quatro anos, período considerado necessário para o rearmamento russo após o conflito na Ucrânia.

Atualmente, a Alemanha possui apenas 580 bunkers operacionais de um total anterior de mais de 5.000, o que significa que apenas 5% da população teria acesso a abrigos em caso de ataque, conforme reportado pelo Sueddeutsche Zeitung.

Desafios Financeiros e Militares

O investimento estimado por Tiesler para os próximos quatro anos é de, no mínimo, € 10 bilhões (aproximadamente R$ 63,3 bilhões) para projetos imediatos, e mais € 30 bilhões (cerca de R$ 191 bilhões) ao longo de dez anos. Além da recuperação dos abrigos, os fundos serão destinados à atualização dos sistemas de alerta, ao reforço da segurança cibernética dos aplicativos de emergência e à sinalização clara de rotas de evacuação.

Embora a Alemanha tenha conseguido, de acordo com Infomoney, liberar capital adicional para investimento devido ao relaxamento das regras de austeridade fiscal, permitindo maior endividamento estatal, a alocação de recursos para a BBK pode enfrentar desafios. O chanceler Friedrich Merz prometeu tornar o exército alemão o mais forte da Europa, o que demandará um vultoso investimento para compensar anos de subfinanciamento e a inadequação de diversas instalações militares.

Outro desafio reside na corrida contra o tempo para cumprir as metas de alistamento militar. A meta de ter 203.000 soldados ativos foi revista para 2031, em vez de 2025. Tal desafio levou o governo a considerar a possibilidade de alistamento obrigatório.

Fontes: cnn.comsicnoticias.ptinfomoney.com.br

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