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| A recepcionista que foi vitima de zombaria alegou danos psicológicos e emocionais. Foto: Ilustração/Freepick |
Uma recepcionista move uma ação trabalhista contra uma empresa do ramo de investimentos imobiliários, após ter negados seus pedidos de licença-maternidade e salário-família. O motivo alegado pela empresa: ela "não seria mãe de verdade", já que sua filha é uma bebê reborn.
Segundo o portal Ig, que teve acesso ao processo que tramita na 16° vara do trabalho de Salvador (Bahia), nele, a trabalhadora afirma que sua relação com a boneca Olívia vai além de um objeto e representa, para ela, um vínculo real de maternidade.
Ao comunicar a empresa sobre sua condição materna e solicitar os benefícios garantidos na legislação, a mulher relata ter sido alvo de zombarias, comentários depreciativos e constrangimento público.
A trabalhadora afirma ter sofrido grave abalo emocional e comprometimento de sua saúde mental, o que a levou a solicitar a rescisão indireta do contrato, com base no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além disso, ela pede indenização de R$ 10 mil por danos morais.
Pego de surpresa
Como não podesse ficar mais complicado o caso, nesta quinta (29), o suposto advogado que estaria defendendo a mulher alegou desconhecimento do processo, negando que assinou a petição do processo.
De acordo com o Carta Capital, o advogado José Sinelmo afirmou ter ficado “perplexo” ao saber que seu nome constava da representação. Afirmou não ter nenhuma ligação com a recepcionista. O advogado também alegou fraude flagrante na petição também subscrita por outra advogada de outro estado.
"Ocorre que tais exposições indevidas atingem injustamente a reputação e a credibilidade profissional deste causídico, o que torna a situação insustentável, especialmente diante da fraude documental evidente", escreveu o defensor na petição.
Desfecho da ação
Em uma materia do portal Terra revela que em menos de 24 horas do protocolamento da ação junto do TRT-5, a vida da trabalhadora virou "um verdadeiro inferno", ela passou a receber centenas de solicitações em suas redes sociais, além de pessoas dizerem que ela e sua advogada deveriam "levar um surra".
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| Devido a repercussão negativa ambas resolveram retirar o processo. Foto: Ilustração/Tenor |
A advogada também relatou que pessoas chegaram a ir na sua casa de madrugada e que teve que desativar todos os perfis nas redes sociais. Devido à repercussão negativa, optaram pela desistência da ação.
"Em razão da grande repercussão midiática que a causa gerou nacionalmente e dos impactos provocados e risco de dano à integridade física da reclamante e da sua advogada, bem como, a imagem e a honra, requer, seja o processo colocado em segredo de justiça, bem como requer a desistência da presente ação renunciando aos prazos recursais", pediu.