Falar palavrão é algo ruim?

Xingar nos ajudar a lidar com a dor e pode ser um indicativo de inteligência. Foto: Reprodução/Pixabay 
Falar um fod*** é algo comum das pessoas e pode nos ajudar a lidar com situações dolorosas. Esse efeito foi observado em um estudo feito pela Universidade de Keele, no Reino Unido, e publicado no periódico Frontiers in Psychology em abril de 2020. As informações são do portal UOL viva bem e do canal de noticias CNN Brasil.

"Xingar ativa o nosso modo 'luta ou fuga', desencadeando uma cascata hormonal e psicológica com efeitos que nos ajudam a lidar com dor", afirma Timothy Jay, professor emérito de psicologia na Massachusetts College of Liberal Arts, nos Estados Unidos, e autor do livro Why We Curse? ("Por que Praguejamos?", em tradução livre). "Além disso, a fala também nos ajuda a distrair a mente da sensação desconfortável", explica.

Contrariando quem diga que palavrão é coisa de gente mal educada, Jay publicou, em novembro de 2015, um estudo no qual revela que indivíduos com grande vocabulário tem maior facilidade em criar novos xingamentos.

"Em qualquer idioma, palavrões são considerados palavras sujas e geralmente reprimidas na linguagem", afirma Bárbara Santos, psicóloga e psicanalista na clínica Holiste Psiquiatria, em Salvador (BA).

Outro fato interessante é que, segundo a CNN Brasil, um estudo, publicado em 2017 no jornal acadêmico Social Psychological and Personality Science, mostrou que pessoas que xingam mais tendem a ser mais honestas e terem níveis de integridade geral bem mais elevada.

Estranhamente, grande número dos xingamentos, ao redor do mundo, são relacionados a sexualidade e outros assuntos quaisquer que sejam considerados tabu para a sociedade.

Entretanto o uso dos palavrões não deve ser de qualquer maneira, ele precisa de um contexto. "É importante entender em quais situações e com quem podemos nos expressar assim", diz Santos. "Do contrário, podemos ser reprimidos, punidos e até excluídos do convívio por ofender alguém com essa forma de expressão."

Estudos referenciados pelo texto (em inglês):

           www.cnnbrasil.com.br

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