Escândalo na Tailândia: mulher filma sexo com monges e os extorque por fortuna

A mulher teria lucrado mais de R$ 60 milhões. Foto: Reprodução/redes sociais/via Terra

Uma cidadã tailandesa foi detida na última terça-feira (15) sob acusações de ter se envolvido em relações sexuais com, pelo menos, 13 monges budistas e, subsequentemente, utilizado material audiovisual dessas interações para extorquir somas substanciais de dinheiro. A informação foi reportada pelo site britânico Daily Mail.

Identificada como Wilawan Emsawat, de 35 anos, a mulher, supostamente, auferiu cerca de 67 milhões de reais com o esquema, conforme investigações conduzidas pelo Escritório Central de Investigações (CIB). As autoridades apreenderam cinco aparelhos celulares de Wilawan, que continham vídeos e fotografias dela em atos sexuais com os monges, alguns deles ainda usando seus trajes religiosos.

Até o momento, nove dos 13 monges identificados foram formalmente destituídos de seus postos. As autoridades acreditam que o número de religiosos implicados pode aumentar. A investigação também levanta suspeitas sobre crimes financeiros, incluindo lavagem de dinheiro e receptação de bens roubados.

O caso veio a público após a renúncia e posterior fuga do abade Phra Thep Wachirapamok, de 53 anos, conhecido como Arch, do templo Wat Tri Thotsathep Worawihan, em Banguecoque. A fuga, que ocorreu em junho, gerou perplexidade entre os fiéis e líderes religiosos. Posteriormente, descobriu-se que o abade mantinha um relacionamento secreto com Wilawan. Ela teria afirmado estar grávida e exigido 1,3 milhão de reais, e, diante da recusa, expôs o caso, levando à renúncia e ao exílio do líder religioso.

Com a análise dos celulares apreendidos, novas revelações surgiram. Vários monges confessaram manter relações com Wilawan há anos, o que representa uma violação dos votos de castidade do budismo. Um dos religiosos admitiu, inclusive, ter recebido um carro como presente. Ao descobrir que Wilawan se relacionava com outro monge, tentou confrontá-la e acabou sendo chantageado.

A polícia suspeita que uma parte significativa dos 65 milhões de reais movimentados por Wilawan nos últimos três anos possa ter origem em fundos desviados de templos. Adicionalmente, ela teria realizado grandes gastos em sites ilegais de apostas online.

O Major-General Charoonkiat Pankaew, responsável pela investigação, declarou que sua equipe está "analisando cuidadosamente cada vídeo para identificar violações do código monástico" e que "quem violar deve ser afastado". Ele destacou a importância de "preservar a confiança pública no budismo", reconhecendo que, embora se trate de uma "fraqueza humana", o ato não pode ser ignorado.

Em resposta ao escândalo, um comitê do Senado propôs a criminalização de relações sexuais com monges. A sugestão tem gerado debate, com críticos argumentando que os homens devem ser responsabilizados por seus próprios atos. Em uma coluna publicada no Bangkok Post, a jornalista Sanitsuda Ekachai argumentou que o escândalo "expõe um sistema de mentiras e hipocrisia entre os monges de alto escalão" e que, "enquanto a decadência moral do clero é exposta, é a mulher quem paga o preço, enquanto os monges são vistos como vítimas."

Fonte: www.terra.com.br

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem