PM à paisana mata cão a tiros e é acusado de ameaçar tutor do animal em BH

Polícia foi chamada no local após a morte do cachorro. Foto: Arquivo pessoal/UOL
Um policial militar que estava à paisana no bairro Letícia, em Belo Horizonte, matou um cão com sua arma de fogo. O homem foi identificado como Renato Esteves da Fonseca e caso aconteceu na manhã de ontem. Segundo testemunhas, o PM ameaçou o tutor do cachorro após o disparo. As informações são do portal UOL noticias.

Alberto Luiz Andrade Simão contou ao UOL que ele foi comprar carne e deixou seu cão Yankee, de 11 anos e sem raça definida, na guia em um poste. Entretanto, o animal se soltou e correu pela avenida.

"Fiquei 20 minutos atrás dele, eu chegava perto e ele corria, ele estava brincando. Quando ele desceu mais um pouco na rua, tinha esse senhor [o policial] com o cachorro dele", disse. 

Nesse momento, os cães teriam se estranhado e rosnado um para o outro. "Ele simplesmente sacou a arma e deu um tiro no meu cachorro. Eu estava há 30 metros de distância e naquele momento era tudo muito surreal, não conseguia falar. Depois do cão caído, ele deu outro tiro", relata Alberto.

O tutor ressalta protestou no momento e foi chamado de irresponsável pelo militar pelo fato do animal estar solto. Alberto disse que Renato só foi se identificar como policial quando duas viaturas da PM chegaram ao local.

Agora, Alberto e sua família vive com a dor do luto e apreensivos sobre as futuras posturas do militar Renato.

O outro lado

De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado sobre o caso, o policial militar Renato Esteves da Fonseca, relatou que caminhava com seu cachorro filhote da raça american bully retornando de um pet shop e que, em determinado momento, um outro cão que estava solto na rua tentou atacá-lo.

O documento ainda mostra que o policial relatou que seu cão tentou defendê-lo, mas que o de Alberto teria sido agressivo com eles. O policial ainda informou que, ao gritar contra Yankee, não teve sucesso em afastá-lo. Ele então conta que utilizou da arma de fogo para se proteger do que seria uma "injusta agressão".

Posicionamento da PM

Questionada pela reportagem, a PMMG (Polícia Militar de Minas Gerais) afirmou que o policial agiu em Estado de Necessidade. 

Em nota, a instituição relata a versão do policial de que ele "que estava de folga e à paisana, durante caminhada com seu cão, da raça American Bully".

Ainda, segundo a instituição, uma perícia técnica compareceu ao local e a ocorrência foi recebida na Delegacia de Plantão 4. Os envolvidos foram ouvidos e foi instaurado um procedimento para apuração do caso.

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